A pobreza na Argentina recuou para 38,1% da população no segundo
semestre de 2024, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (31) pelo
Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). O índice
representa uma queda de 14 pontos percentuais em relação ao pico de
52,9% registrado no primeiro semestre do mesmo ano.
A Presidência argentina atribuiu a melhora ao impacto direto das
políticas do presidente Javier Milei, incluindo o combate à inflação, a
estabilização macroeconômica e o fim de restrições econômicas herdadas
de administrações anteriores. “A atual administração demonstra que o
caminho da liberdade econômica e da responsabilidade fiscal é o caminho
para reduzir a pobreza a longo prazo”, declarou o governo em nota
oficial.
A taxa de pobreza extrema —
referente à população que não consegue cobrir nem os custos da cesta
básica — também apresentou forte queda: passou de 18,1% no início de
2024 para 8,2% no final do ano. Estima-se que 6,9 milhões de argentinos
saíram da condição de pobreza no segundo semestre, dos quais 4,64
milhões deixaram a linha da indigência.
Este é o menor índice de
pobreza registrado no país desde o primeiro semestre de 2022. A queda
foi favorecida pelo controle da inflação — que atingiu os níveis mais
baixos dos últimos três anos —, pela recuperação dos salários no setor
privado e pela expansão de programas sociais, como o Auxílio Universal
por Filho (AUH) e o Cartão-Alimentação.
Projeções independentes, como as da Universidade Torcuato Di Tella,
estimam taxa semelhante, apontando para 36,8% de pobreza no segundo
semestre, com tendência de queda mais acentuada no último trimestre de
2024.